sábado, julho 26


é um amor pobre aquele que se pode medir

William Shakespeare

Procure me amar quando eu menos merecer, porque é quando mais preciso.

Provérbio sueco
Imagens e Textos
Texto imagens para Orkut de www.Caption.iT

... Amar dói tanto que você fica humilde e olha de verdade para o mundo, mas ao mesmo tempo fica gigante e sente a dor da humanidade inteira.
Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria...


Tati Bernardi

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...


Cecília Meireles

Porque você deve esperar que os outros o aprovem? Você é perfeitamente bom como você é; a aprovação de ninguém é necessária. Se você vive de aprovação, então você vive uma vida inautêntica. Você nunca vive a sua vida; você apenas vive uma vida que os outros aprovarão. Então a vida se torna falsa, pseudo, e você se torna infeliz, falsificado. Você se sente frustrado, porque a vida não tem significado. A vida só pode ter significado quando ela é real e uma vida real significa que você não está preocupado com o que os outros dizem.

osho

Você fica ocupado com o futuro e o passado e o presente vai sendo perdido – e o presente é a única existência.

O passado não existe mais e o futuro ainda não existe; ambos não existem, eles são não-existenciais.

Este exato momento, este único momento atômico, é a única existência – o aqui e agora.

osho

Olhos me buscam

Perdidos

Olhos me seguem

Pedindo

Toda minha boca

Fugindo

De qualquer tempo

Esquecido

Pelo momento

Indeciso

Meu sentimento.

Mariana Antonelli

Perceber-se aprisionado é um grande insight,

porque a partir desse momento a pessoa começa a fazer esforços para se libertar.





To feel imprizoned is a great insight, because from that moment one starts making efforts to be free.

OSHO, Teologia Mystica, # 6

O ego e o desejo



Querido Osho,
O que eu quero?

“Krishna, ninguém sabe exatamente o que quer porque ninguém está consciente nem mesmo de quem é. A questão do querer é secundária, a questão básica é: quem é você? A partir disso, as coisas poderão ser resolvidas – quais são seus desejos, suas vontades, suas ambições.
Se você é um ego, então naturalmente você quer dinheiro, poder, prestígio, quer lutar com outras pessoas, você será competitivo – ambição significa competição. Você estará continuamente pisando na garganta dos outros e eles estarão continuamente pisando na sua. Então a vida se torna aquilo que Charles Darwin disse: a sobrevivência dos mais aptos. Na verdade o uso que ele faz da expressão “os mais aptos” não é correto. Na verdade, o que ele chama de mais apto, é o mais esperto, o mais animalesco, o mais inflexível, o mais estúpido, o mais feio. Charles Darwin não diria que Buddha é o mais apto, ou Jesus, ou Sócrates. Essas pessoas seriam mortas facilmente e aqueles que os tivessem matado iriam sobreviver. Jesus não conseguiria sobreviver. Certamente, de acordo com Darwin, Jesus não é a pessoa mais apta. Poncios Pilatos é muito mais apto, está mais no caminho certo. Sócrates não era o mais apto, mas as pessoas que o envenenaram, que o condenaram à morte, eram. O uso que ele faz da expressão ‘o mais apto’ é muito infeliz.
Se você está vivendo no ego, Krishna, então a sua vida será uma luta; ela será violenta e agressiva. Você criará miséria para os outros e para si mesmo, porque a vida de conflito não consegue ser nada além disso. Assim, tudo depende de você, de quem você é. Se você está no ego, ainda pensando em si em termos de ego, então você terá uma certa qualidade fétida. Mas, se você chegou a compreender que você não é o ego, então a sua vida terá uma fragrância. Se você não conhece a si mesmo, você está vivendo na inconsciência, e uma vida de inconsciência só pode ser uma vida de equívocos. Você pode ouvir Buda, você pode me ouvir, você pode ouvir Jesus, mas você interpretará de acordo com a sua própria inconsciência – você interpretará mal.
O cristianismo é a má interpretação de Jesus, assim como o budismo é a má interpretação de Buda, assim como o jainismo é a má interpretação de Mahavira. Todas essas religiões são interpretações errôneas, distorções, porque as pessoas que seguem Buda, Mahavira, Krishna, são pessoas comuns sem consciência. O que elas fazem é preservar os escritos e matar o espírito.

Um filósofo estava caminhando ao redor de um parque e notou um homem sentado em posição de lótus, com os olhos abertos olhando para o chão. O filósofo viu que o homem estava totalmente absorvido em seu olhar fixo ao chão. Depois de observá-lo por um longo tempo, o filósofo não mais resistiu e foi até o estranho camarada perguntando, ‘O que você está procurando? O que está fazendo?’
O homem respondeu sem deslocar o seu olhar fixo, ‘Eu estou seguindo a tradição Zen de sentar silenciosamente, nada fazer e então a primavera vem e a grama cresce por si mesma. Eu estou observando a grama crescer, mas ela ainda não cresceu coisa alguma.’

Não é preciso observar a grama crescer – mas isso é o que sempre acontece. Jesus diz uma coisa e as pessoas escutam, mas elas escutam apenas as palavras e dão àquelas palavras os seus significados.



Uma mãe levou seu filhinho ao psiquiatra e por mais de três horas ela lhe contou toda a história de seu filho. O psiquiatra estava ficando cansado, cheio, mas a mulher estava tão absorvida na sua fala que nem mesmo lhe deu oportunidade de impedi-la. Uma frase seguia a outra sem qualquer intervalo.
Finalmente o psiquiatra teve que dizer,’Por favor, pare agora! Deixe-me perguntar algo ao seu filho!’
E ele perguntou ao filho, ‘Sua mãe está reclamando que você não ouve o que ela lhe diz. Você tem alguma dificuldade de audição?’
O filho disse, ‘Não. Eu não tenho dificuldade de audição – os meus ouvidos estão perfeitamente bem – mas no que se refere a escutar, você pode julgar por si mesmo. Você consegue escutar a minha mãe? Ouvir eu posso: eu tenho que ouvir. Eu estava observando-o – você estava incomodado. Não



há como não ouvir, mas escutar – pelo menos eu sou livre para escutar ou não. Se eu escuto ou não, é uma questão minha. Se ela grita comigo, ouvir é natural, mas escutar é uma questão totalmente diferente.’
Você ouviu, mas você não escutou, e todo tipo de distorção se juntou ao redor. As pessoas seguem repetindo aquelas palavras sem qualquer idéia do que elas estão repetindo.

Você me pergunta, Krishna, ‘O que eu quero?’ Eu é que devo lhe perguntar, ao invés de você me perguntar, porque depende de onde você está. Se você estiver identificado com o corpo, então o seu querer será diferente; então comida e sexo serão suas únicas vontades, seus únicos desejos. Esses são dois desejos animais, os mais baixos. Eu não os estou condenando ao chamá-los de mais baixos, eu não os estou avaliando. Lembre-se, eu estou apenas afirmando um fato: o mais baixo degrau da escada. Mas se você estiver identificado com a mente, os seus desejos serão diferentes: música, dança, poesia, e depois existem mil coisas.
O corpo é muito limitado; ele tem uma polaridade simples: comida e sexo. Ele se move como um pêndulo entre esses dois, comida e sexo, nada mais existe para ele. Mas se você está identificado com a mente, então ela tem muitas dimensões. Você pode estar interessado em filosofia, em ciência, em religião – você pode estar interessado em muitas coisas que consegue imaginar.
Se você estiver identificado com o coração, então os seus desejos serão de uma natureza ainda mais elevada, mais do que a mente. Você se tornará mais estético, mais sensitivo, mais alerta, mais amoroso.
A mente é agressiva, o coração é receptivo.
A mente é masculina, o coração é feminino.
A mente é lógica, o coração é amor.
Assim, depende de onde você está ligado: no corpo, na mente ou no coração. Esses são os três mais importantes locais nos quais a pessoa pode funcionar. Mas também existe um quarto local em você; no oriente ele é chamado de turya. Turya simplesmente significa o quarto, o transcendental. Se você está consciente de sua transcendentalidade, então todos os desejos desaparecem. Então a pessoa apenas é, sem qualquer desejo, sem nada para ser pedido, para ser atendido. Não existe futuro ou passado. Então a pessoa vive neste momento completamente satisfeita, realizada. No quarto, o seu lótus de mil-pétalas desabrocha; você se torna divino.
Você está perguntando, Krishna, ‘O que eu quero?’ Isso simplesmente mostra que você nem mesmo sabe onde está, onde você está ligado. Você terá que investigar dentro de si mesmo – e isso não é muito difícil. Se é comida e sexo que toma a maior parte de você, então eli é onde você está identificado; se é algo que diz respeito ao pensar, então é a mente; se diz respeito a sentimentos, então é o coração. E, naturalmente, Krishna, não pode ser o quarto; senão a pergunta nunca teria surgido.
Assim, ao invés de responder a você, eu gostaria de lhe perguntar onde você está. Investigue.
Eu devo lhe perguntar, ‘Onde você está? Qual o tipo de identificação? Onde você está ligado?’ Somente então as coisas podem ficar claras – e isso não é difícil. Mas acontece muitas vezes das pessoas formularem belas perguntas, particularmente os indianos, Krishna. Elas podem estar ligadas ao centro sexual delas, mas elas perguntam a respeito do samadhi. Elas perguntam, ‘O que é nirvikalpa samadhi, onde todos os pensamentos desaparecem, aquela consciência sem pensamentos? O que é isso? O que é nirbeef samadhi, o sem semente, onde mesmo as sementes para qualquer futuro estão completamente queimadas? Qual é o estado supremo onde não se necessita de retorno à terra, ao útero, as vida novamente?’ Essas são apenas perguntas tolas que eles estão formulando; eles não estão formulando as perguntas deles. Eles não estão preocupados com a verdadeira situação deles. Eles estão formulando belas perguntas, metafísicas, esotéricas, para mostrar que eles são seres da mais alta qualidade, que eles são eruditos, que eles conhecem as escrituras, que eles são buscadores, que eles não são pessoas comuns, eles são extraordinários, religiosos. Isto está conduzindo os indianos a uma bagunça cada vez maior.
É sempre bom perguntar algo que seja relevante para você ao invés de perguntar algo que não lhe diz respeito.As pessoas me perguntam se Deus existe ou não, e elas nem mesmo sabem se elas existem ou não.



Há poucos dias, Divakar Bharti, um outro indiano, perguntou-me, ‘Por que eu estou aqui?’
Divakar, você está realmente aqui? Pergunte a si mesmo, você está realmentre aqui? Eu não acho que você esteja aqui. Fisicamente, é claro que você está aqui, mas espiritualmente, na verdade, você não está aqui. A não ser que você abandone essa idéia de ser um indiano, de ser um hindu, você não conseguirá estar aqui, você não conseguirá ser parte da minha comuna. Você tem carregado todos os tipos de tolices dentro de si, e ainda está agarrado a elas.
Krishna, é sempre bom formular perguntas sobre


questões que existem de fato, porque elas podem ser de alguma ajuda para você. Se você estiver sofrendo de um resfriado comum e for ao médico perguntando sobre câncer... pois como um homem como você pode sofrer de uma coisa usual como um resfriado comum...? Todas as pessoas ordinárias sofrem de resfriado comum, por isso que ele é chamado de resfriado comum. Mas você é uma pessoa fora do comum – você não é nenhum Tom, Harry ou Dick. Você é tão especial que você tem que sofrer de alguma coisa muito especial; assim você pergunta sobre o câncer. E se o médico ajudá-lo a curar o câncer, você vai ter mais problemas – aquele tratamento não vai ser adequado para você de maneira alguma. Ele vai criar mais complicações em você porque aqueles remédios podem matá-lo, pois nada existe para a ação deles; não existe câncer em você e eles não podem ser úteis para um resfriado comum.
Na verdade, para um resfriado comum, não existe medicação. Se você tomar remédio, o resfriado comum desaparece em sete dias; se você não tomar remédio, ele desaparece em uma semana! Na verdade, ele é tão comum que a ciência médica não se preocupa com ele. Quem vai cuidar de uma coisa tão pequena? As pessoas se preocupam com a ida à lua. Quem se preocupa com pequenas questões como um resfriado comum, ou o vazamento de uma caneta-tinteiro? As canetas-tinteiro ainda vazam! As pessoas já chegaram à lua, mas ainda não foram capazes de fazer uma caneta-tinteiro com cem por cento de garantia de que não vai vazar.
Simplesmente olhe para dentro de si mesmo, Krishna. Onde exatamente está o seu problema?

Um general visitando um hospital de campanha perguntou a um dos soldados carregados na maca, ‘O que está errado com você?’
‘Senhor,’ respondeu o soldado, ‘Eu tive furúnculos.’
‘Qual tratamento você teve?’
‘Eles me esfregaram com tintura de iodo, senhor.’
‘E isso ajudou?’ perguntou o general.
“Sim, senhor!’ respondeu o soldado.
Em seguida, o general dirigiu-se ao soldado da outra cama e descobriu que o sujeito tem hemorróidas. Ele também foi esfregado com tintura de iodo; isso ajudou e ele não teve outras demandas. O general perguntou então ao terceiro soldado, ‘O que está errado com você?’
‘Senhor, eu tive as amigdalas inchadas. Esfregaram-me tintura de iodo e, sim, isso ajudou.’
‘Algo mais você gostaria?’ perguntou o preocupado general.
‘Sim, senhor!’ respondeu o soldado. ‘Eu gostaria de ter sido o primeiro a ser esfregado com a tintura.’

Primeiro você tem que ver a sua situação, onde você está; somente então você poderá dizer o que você quer. Se você estiver sendo esfregado com tintura de iodo depois daqueles dois camaradas – um que tinha furúnculos e o outro que tinha hemorróidas – e você está sofrendo apenas com amigdalas inchadas, então o problema está claro!
Investigue, olhe para o lugar exato onde você está. No que me diz respeito, todo desejo é completo desperdício, todo querer é errado. Mas se você está identificado com o corpo, eu não posso dizer isso para você, porque isso estará muito longe do seu alcance. Se você está identificado com o corpo, eu lhe direi, mude um pouco para desejos mais elevados, os desejos da mente, e depois um pouco mais alto, para os desejos do coração, e depois finalmente ao estado sem desejos.
Desejo algum jamais será satisfeito. Esta é a diferença entre a abordagem científica e a abordagem religiosa. A ciência tenta satisfazer os seus desejos e, naturalmente, a ciência tem sido bem sucedida ao fazer muitas coisas, mas o homem permanece na mesma miséria. A religião tenta acordá-lo para a grande compreensão para que você possa ver que todos os desejos intrinsecamente não conseguem ser satisfeitos.
É preciso ir além de todos os desejos e somente assim haverá contentamento. Contentamento não é o fim de um desejo, contentamento não é a satisfação do desejo; porque o desejo não pode ser satisfeito. Com o tempo, quando você chegar à satisfação do seu desejo, irá descobrir que mil e um outros desejos surgiram. Cada desejo se ramifica em muitos desejos novos. E isso acontecerá repetidas vezes e toda a sua vida será desperdiçada.
Aqueles que sabem, aqueles que vêem – os budas, os despertos – todos concordam em um ponto. Isso não é uma coisa filosófica, é factual, o fato do mundo mais interior: o contentamento acontece quando todos os desejos tiverem sido abandonados. É com a ausência de desejos que o contentamento surge dentro de você. – na ausência. Na verdade, a própria falta de desejos é contentamento, é preenchimento, é gozo, é florescimento.
Krishna, mova-se dos desejos mais baixos para os desejos mais elevados, dos desejos brutos para os desejos mais sutis, e depois para o mais sutil, porque é fácil o pulo do mais sutil para o não-desejo, para o estado sem desejo. O estado sem desejo é nirvana.
Nirvana tem dois significados. É uma das mais belas palavras; idioma algum pode orgulhar-se dessa palavra. Ela tem dois significados, mas esses dois significados são como dois lados de uma mesma moeda. Um significado é a cessação do ego e o outro significado é a cessação de todos os desejos. Isso acontece simultaneamente. O ego e os desejos estão intrinsecamente juntos, eles estão inseparavelmente juntos. No momento em que o ego morre, os desejos desaparecem, ou vice-versa: no momento em que os desejos são transcendidos, o ego é transcendido. E ser sem desejos, ser sem ego, é conhecer a felicidade suprema, é conhecer o êxtase eterno.
Krishna, sannyas é isso: a busca pelo êxtase eterno, a qual começa mas nunca termina.


OSHO – Come, Come, Yet Again Come - Cap. 4 – Pergunta 3
Tradução: Sw. Bodhi Champak



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