sábado, setembro 20
Fugaz
passagem por uma paisagem,
lugar do onde, do ontem, do quando,
quantas palavras ficaram faltando
na boca cheia de imagens.
o outro é aquele que ficou à margem,
no espanto de um pronome,
no corpo de uma brisa suave;
o outro é como uma fome
pluma à deriva, à distância, ou quase.
estranho em sua própria viagem,
garrafa com uma mensagem,
olhar durando numa flor,
sem nome, secreta, selvagem.
Desterro, água bebida num trem,
peça incompleta, festa adiada, vertigem,
a cabeça sempre em alguém,
eu outro, eu todos, ninguém.
(Rodrigo Garcia Lopes)
Há de ficar olhando o mar
e observar a vida,
sentir o vento
batendo e fazendo
a água gritar.
Há de estar sereno
e ser a própria
tranquilidade ...
que, intranquila,
atravessa a madrugada.
Há de pisar na terra molhada,
rodopiar,
mesmo em silêncio,
caminhar sem rumo.
Há de beber das cachoeiras
o vinho da magia intensa
que é perder-se no ar ...
que merece a imensidão
do espaço.
carla dias
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- ...sou uma mulher como todas do planeta, que merece amar e ser amada.
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