quinta-feira, março 18


AMAR! mas d’um amor que tenha vida…


Não sejam sempre tímidos arpejos,


Não sejam só delírios e desejos


D’uma doída cabeça escandecida…




Amor que viva e brilhe! luz fundida


Que penetre o meu ser e não só beijos


Dados no ar delírios e desejos


Mas amor… dos amores que têm vida…




Sim, vivo e quente! e já a luz do dia


Não virá dissipá-lo nos meus braços


Como névoa da vaga fantasia…




Nem murchará o sol à chama erguida…


Pois que podem os astros dos espaços


Contra uns débeis amores.. se têm vida?




Antero de Quental

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...sou uma mulher como todas do planeta, que merece amar e ser amada.

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