quarta-feira, setembro 24


O mistério das coisas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as coisas e penso no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra.
Porque o único sentido oculto das coisas
É elas não terem sentido oculto nenhum.


Alberto Caeiro

Chove...

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.


José Gomes Ferreira, in Poesia II

“Não é amor amor, se não vier
Com doidices, desonras, dissensões,
Pazes, guerras, prazer e desprazer,
Perigos, línguas más, murmurações,
Ciúmes, arruídos, competências,
Temores, mortes, nojos, perdições.”


(Luís de Camões)

Quem sou eu

Minha foto
...sou uma mulher como todas do planeta, que merece amar e ser amada.

Arquivo do blog