sexta-feira, março 28
FUGIR DA TRISTEZA
Longe voam meus pensamentos
para bem além do firmamento
a fugir dessa rotina do cotidiano
que aos poucos me traz dano
já não quero ouvir canções
que só transmitem tristeza
sempre com a mesma certeza
que só fazem ferir meu coração
cansada de ouvir tragédias
Fazendo meu ser perder as rédeas
preciso fugir desse mundo de maldade
em algum lugar buscar serenidade
para matar essa cruel tristeza
que já me leva ao estado de apatia
preciso de uma estrela guia
achar um rio de calma correnteza
a noite,
lembrando desamores e dores
e de tantas pessoas com outros dissabores
tenho vontade de para sempre só dormir
sonhar colorido e da realidade fugir...
***************************************************
...E JUSTO A MIM COUBE SER EU....
para bem além do firmamento
a fugir dessa rotina do cotidiano
que aos poucos me traz dano
já não quero ouvir canções
que só transmitem tristeza
sempre com a mesma certeza
que só fazem ferir meu coração
cansada de ouvir tragédias
Fazendo meu ser perder as rédeas
preciso fugir desse mundo de maldade
em algum lugar buscar serenidade
para matar essa cruel tristeza
que já me leva ao estado de apatia
preciso de uma estrela guia
achar um rio de calma correnteza
a noite,
lembrando desamores e dores
e de tantas pessoas com outros dissabores
tenho vontade de para sempre só dormir
sonhar colorido e da realidade fugir...
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...E JUSTO A MIM COUBE SER EU....
...E JUSTO A MIM COUBE SER EU...
...E JUSTO A MIM COUBE SER EU...!!!!
É TEMPO AINDA ...
(contra o veneno da rotina)
É tempo ainda, Amor
de retomar a viagem que iniciámos juntamente.
De voltar ao fluir do nosso rio,
de recerzir o tempo fio a fio,
de reatar o passado no presente.
É tempo ainda, Amada (o)de acordar.
Redescobrir sentidos novos nas palavras.
Reencontrar esquecidos gritos nos silêncios.
Renovar o antigo frescor das madrugadas .
É tempo ainda, Amor
de avivar a memória de gestos já perdidos ...
O sabor de antigos sonhos recriar ...
Reinventar o amor e incendiar a adormecida chama dos sentidos,
0 entrelaçar dos dedos
a ternura da troca de um olhar
O estilhaçar dos medos na aventura dos corpos penetrar.
A procura das bocas,
numa fome nunca satisfeita de beijar ...
É tempo ainda, Amiga (o),
É tempo ainda.
É tempo ainda de voltar !
A Irmã Morena
Bakhita não é o nome recebido de seus pais ao nascer.
Bakhita não é o nome recebido de seus pais ao nascer.
O susto provado no dia em que foi raptada, provocou-lhe profundos lapsos de memória, ao ponto de esquecer também o próprio nome.
Bakhita, que significa Josefina Bakhita nasceu no Sudão (África), em 1869 e morreu em Schio (Vicenza-Itália), em 1947.
Em Schio, onde viveu durante muitos anos, todos a conheciam por “a nossa Irmã Morena”.
É assim que ainda hoje continuam a chamar Santa Bakhita. «afortunada», é o nome que lhe foi imposto pelos seus raptores
Em Schio, onde viveu durante muitos anos, todos a conheciam por “a nossa Irmã Morena”.
É assim que ainda hoje continuam a chamar Santa Bakhita.
A sua vida foi marcada por grandes sofrimentos.
Sequestrada e feita escrava quando era criança, torturada, vendida várias vezes nos mercados de Obeidh y Khartum, no Sudão, sua terra natal, foi resgatada pelo cônsul italiano, Calixto Legnani, em 1882.
Pela primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu com agradável surpresa, que ninguém usava o chicote para lhe dar ordens mas, ao contrário, era tratada com maneiras afáveis e cordiais.
Na casa do Cônsul, Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que sempre velados pela saudade de sua própria família, talvez perdida para sempre.
É acolhida, mais tarde, pelas irmãs canossianas de Schio (Itália), recebeu o baptismo com 21 anos e aos 27 decidiu ser freira canossiana.
O seu itinerário foi realmente duro, e não basta a sua bondade natural para explicar a compaixão que mostrou pelos que a tinham feito sofrer.
O seu perdão era a expressão de uma caridade que só pode vir de Deus.
Depois de alguns meses de catecumenado, Bakhita recebeu os Sacramentos da Iniciação Cristã e o novo nome de Josefina.
Era o dia 9 de Janeiro de 1890. Naquele dia não sabia como exprimir a sua alegria.
Os seus olhos grandes e expressivos brilhavam revelando uma intensa comoção.
Desse dia em diante, era fácil vê-la beijar a pia baptismal e dizer:
«Aqui me tornei filha de Deus!».
Cada novo dia a tornava sempre mais consciente de como aquele Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos misteriosos, segurando-a pela mão.
Bakhita continuou no Catecumenado, onde sentiu com muita clareza o chamado para se tornar religiosa e doar-se totalmente ao Senhor, no Instituto de Santa Madalena de Canossa.
A 8 de dezembro de 1896, Josefina Bakhita consagrava-se para sempre ao seu Deus, que ela chamava com carinho «el me Paron!».
Durante mais de 50 anos, esta humilde Filha da Caridade, verdadeira testemunha do amor de Deus, dedicou-se às diversas ocupações na casa de Schio.
De fato, ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira.
Quando se dedicou a este último serviço, as suas mãos pousavam docemente sobre a cabecinha das crianças que, diariamente, frequentavam as escolas do Instituto.
A sua voz amável, que tinha a inflexão das cantigas da sua terra, chegava suave aos pequeninos, reconfortante aos pobres e doentes e encorajadora para todos os que vinham bater à porta do Instituto.
A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de todos os habitantes de Schio.
As Irmãs estimavam-na pela sua inalterável afabilidade, pela fineza da sua bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido.
Muitas vezes repetiu: «Sede bons, amai a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem.
Se, soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!».
Chegou a velhice, chegou a doença longa e dolorosa, mas a Irmã Bakhita continuou a oferecer o seu testemunho de fé, de bondade e de esperança cristã.
A quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia sorridente:
«Como o Patrão quer»
Na agonia reviveu os terríveis anos de sua escravidão e várias vezes suplicava à enfermeira que a assistia:
«Solta-me as correntes ... pesam muito!».
Foi Maria Santíssima que a livrou de todos os sofrimentos.
As suas últimas palavras foram: «Nossa Senhora! Nossa Senhora!», enquanto o seu último sorriso testemunhava o encontro com a Mãe de Jesus.
Irmã Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na Casa de Schio, rodeada pela comunidade em pranto e em oração.
Uma multidão acorreu logo à casa do Instituto para ver pela última vez a sua «Santa Irmã Morena», e pedir-lhe a sua protecção lá do céu.
Muitas são as graças alcançadas por sua intercessão.
Foi beatificada, juntamente com o beato Josemaría Escrivà, fundador do Opus Dei, em 17 de Maio de 1992.
O Papa João Paulo II canonizou-a em 1 de Outubro do ano 2000 e fixou a sua festa litúrgica no dia 8 de Fevereiro.
Em Santa Bahkita vemos a personificação do paradoxo cristão da liberdade.
Quando teve finalmente a possibilidade de orientar com autonomia a sua própria vida, encontrou outro "Patrão" (assim chamava a Deus) e deu-lhe, mais do que o seu trabalho, o palpitar mais profundo do seu coração e todos os seus pensamentos.
Assim, enquanto realizava com alegria as tarefas mais humildes, foi capaz de prodigalizar ternura e carinho a mãos cheias, com sobriedade e simplicidade.
Renovar o próprio sim ao Senhor cada dia, para ela, não significava esquecer o passado, mas antes transfigurá-lo, redimi-lo com a liberdade do amor.
Bakhita, no final da sua vida, expressava com estas simples palavras, escondidas detrás de um sorriso, a odisseia da sua vida:
"Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas:
numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus.
Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus:
Pai eterno, agora podes julgar.
E a São Pedro: fecha a porta, porque fico!"
"Nem tudo dá pra devolver.
Aquele primeiro sorriso, não dá mais pra devolver.
Tudo aquilo que a gente pode pedir de volta, geralmente não tem valor profundo.
E aquilo que a gente dá com amor não pode ser pedido de volta com raiva.
Então, coisas a gente não dá, coisas a gente empresta, deixa em consignação.
Importante é aquilo que você me deu e que vou levar quando morrer.
Apenas isso é importante.
Aquelas coisas que posso perder não podem ser dadas, nem merecem ser ganhas.
São ninharias.
Aquilo que pode ser perdido não merece ser guardado:
isso vale para coisas, vale para gente, vale para o corpo das pessoas.
Só merece ser guardado aquilo que não pode ser perdido nem pedido de volta.
O que eu te dei não pode ser perdido nem pedido de volta:
eu te dei amor."
eu te dei amor."
(Do livro: Manual da Separação, página 18 - Edson Marques )
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