sábado, abril 18
"O trigo para mim não vale nada.
Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste!
Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado.
O trigo que é dourado, fará com que eu me lembre de ti.
E eu amarei o barulho do vento no trigo..."
Antoine de Saint-Exupéry
Quando eu morrer
não me dêem rosas
mas ventos.
Quero as ânsias do mar
quero beber a espuma branca
duma onda a quebrar
e vogar.
Ah, a rosa dos ventos
a correrem na ponta dos meus dedos
a correrem, a correrem sem parar.
Onda sobre onda infinita como o mar
como o mar inquieto
num jeito
de nunca mais parar.
Por isso eu quero o mar.
Morrer, ficar quieto,
não.
Oh, sentir sempre no peito
o tumulto do mundo
da vida e de mim.
E eu e o mundo.
E a vida. Oh mar,
o meu coração
fica para ti.
Para ter a ilusão
de nunca mais parar.
Alexandre Dáskalos
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