domingo, junho 8
NEM TUDO É FÁCIL
É difícil fazer alguém feliz,
assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo,
assim como é fácil não dizer nada.
É difícil ser fiel,
assim como é fácil se aventurar.
É difícil valorizar um amor,
assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje,
assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom,
assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz,
assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir,
assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém,
assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão?
Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir?
Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas?
Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o..
É difícil entregar-se?
Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível...
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos,
Mas também tornemos todos esses desejos,
REALIDADE!!!
Cecília Meirelles
Apaixone-se por mim. Não um amor de mesa posta, talheres de prata, toalha de renda, não um amor de terça-feira, água morna, gaveta arrumada. Apaixone-se por mim no meio de uma tarde de chuva, rua alagada, rosas na mão, um amor faminto, urgente, latejante, um amor de carne, sangue e vazantes, um amor inadiável de perder o rumo o prumo e o norte, me ame um amor de morte. Não me dê um amor adestrado que senta, deita, rola e finge de morto, que late, lambe e dorme. Apaixone-se felino, sorrateiramente e assim que eu me distrair, me crave os dentes, as unhas, role comigo e perca-se em mim e seja tão grande a ponto de me deixar perder. Ame minhas curvas, minha carne, me fecunde e se espalhe por meus versos, meus reversos, meus entalhes. Faça eu me sentir amada, desejada, glorificada em corpo e espírito que eu nunca soube o que é ser de alguém, mas preciso que me ensines, que me fales, que me cales, amém.
É o Caso de Perguntar
Max de Castro
Mas se eu te pego de jeito agora,
eu penetro no seu coração.
Uma vez dentro eu desligo o alarme
e boto fogo nessa solidão.
Se você abre esse precendente
e resolver ver onde isso vai dar eu te garanto
que não se arrepende mesmo depois que a onda passar.
Ah, você tem o texto e o contexto
é um pretexto para perdição.
É a contenção e a linha de frente
a minha casa minha perversão.
Hoje é tão facil se entediar mesmo com
tanta coisa pra fazer.
Ah,tudo passa sempre muito rapido
por isso que eu só fecho com você
Se eu te der motivo,
você então me dá razão,ou não
mais com seu sorriso vem a minha confimação.
Mas se eu te pego de novo agora,
eu penetro no seu coração uma vez dentro
eu finco a bandeira e nunca mais você fica na mão
Se você abre esse precendente
e resolver ver onde isso vai dar eu te garanto
que não se arrepende mesmo depois que a onda passar.
Se eu te der motivo,
você então me dá razão,ou não
mais com seu sorriso vem a minha confimação.
O negocio está esquentando muito
eu não estou achando nada mal
mas se caso passar desse ponto
ai vai ter que ir até o final.
Hoje é tão facil se entediar mesmo com
tanta coisa pra fazer.
Ah,tudo passa sempre muito rapido
por isso que eu só fecho com você
Se eu te der motivo,
você então me dá razão,ou não
mais com seu sorriso vem a minha confimação.
De saber, e perdoar
Hoje, só hoje eu sei.
Fostes o início, o meio, o fim.
Fostes meu bem, e o meu mal.
O anjo e o demônio.
A ponte e o abismo.
A paz e o caos.
A luz e a escuridão.
Tirando-me o chão quando eu acreditava estar pronta para andar.
Roubando-me a fé justamente quando eu mais precisava dela.
Mostrando-me a felicidade e sarcástico,
fazendo-me crer numa visão.
Deste-me com uma mão,
Roubaste-me com a outra enquanto eu dormia desprotegida e aconchegada em teu peito
Em ti reconheci minhas maiores virtudes.
E só por causa tua confrontei meus mais temíveis vícios e erros.
Fostes o maior dos meus amigos,
E o jamais imaginado inimigo.
Infiltrando-se sorrateiramente e minando-me as forças,
mostrou-me o quanto a vida pode ser bela.
E cruel.
E dura.
Numa sucessão de incontáveis agravos, provei dos gostos todos eles:
o amor e o ódio, a dor e o perdão.
Dos males que me causastes,
Guardo apenas o bem que deixastes por engano.
E para meu próprio espanto, a remissão da pena.
http://www.pensamentosimperfeitos.blogger.com.br/
Há um tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar".
(Eclesiastes 3, 1-8)
Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.
Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro. (...)
O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! (...)
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa. (...)
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho.
Pertencer (trecho), Clarice Lispector
Não é
podia ser lindo
mas não é
podia ser claro
podia ser brando
podia ser tranquilo
mas não é
podia ser dia de sol
podia ser chuva boa
podia ser arco-íris
podia ser brisa
mas não é
podia ser alegria
podia ser sonho bom
podia ser aquele domingo
aquela segunda-feira
feriado
mas não é
podia ser alado
podia ser uma escolha
podia ser diferente
podia ser a gente
mas não é
podia ser eu
podia ser Deus
podia ser tudo verdade
tudo mentira
podia ser tudo água
podia ser nada
podia ser a saída
a entrada
a despedida
a chegada
podia ser encerrada
a vida
mas não é
Tem horas que bate uma tristeza tão grande
Que eu não sei o que fazer e nem pra onde ir
É tanta coisa que eu queria dizer
Mas não tem ninguém para ouvir
Então choro
Sem ninguém ver
Eu choro
Choro por tudo que a gente não teve
Por tudo que a gente realizou
Choro porque sei que ainda te amo
E você me amou... e ama
Choro por tudo se assim for preciso
Choro porque sei que ainda te quero
Choro por tudo e por tudo lhe digo
Te espero, te quero, te amo...
Eu choro, Fábio Jr.
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