terça-feira, abril 15




Desenvolva a Paciência


"Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?"
"Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes.
O que lhe falta e a vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!"
("O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, Questão n. 909- Ed. FEB.)

Diante de certos problemas, algumas vezes, sua inteligência pode não indicar outra solução que não seja a submissão à Vontade de Deus, levando-o a aceitar as situações que não pode mudar.

No entanto, nem sempre isso ocorre. Na maior parte dos casos você pode usar a paciência como uma virtude ativa, que lhe dará serenidade para providenciar a solução de problemas evitando tensões excessivas, irritação, cólera, ódio, medo, depressão e angústia, permitindo que você saia de situações aflitivas aprendendo e progredindo espiritualmente.

Dizem os dicionários que a paciência é:
"o estado de perseverança tranqüila".
Portanto, diante de situações adversas e aflitivas é indispensável manter o equilíbrio emocional e agir ou reagir com serenidade.

Você deve, então, esforçar-se para desenvolver o autodomínio ou autocontrole.

Como agir diante dos pequenos problemas que o afetam todos os dias?

Como conseguir o equilíbrio emocional junto a familiares, chefes ou subordinados que, por exemplo, recusam-se a assumir seus deveres e, ao se omitiram ou transferiram tarefas, indevidamente o sobrecarregam?

O primeiro passo é a compreensão.

Compreender o que está acontecendo.

Perceber o que querem as pessoas e por que agem daquela maneira. Se estão desequilibradas, se são inexperientes ou se têm má intenção.

O segundo passo é manter o sentido de realidade.

Não exagerar o que está acontecendo, apavorando-se.

Julgar com serenidade para saber o que fazer.

O terceiro passo é agir.

Movimentar providências e recursos para resolver 0 problema.

Nessa fase, é fundamental o entendimento através do diálogo."

O exercício da paciência e fundamental para o seu bem-estar espiritual e necessita de outros estados mentais como:
a obediência e a resignação como forças ativas"

Conversar claramente sobre a questão surgida para estabelecer como você deve agir junto para a necessária solução.

As conclusões tiradas do diálogo devem ser bem definidas, memorizadas ou até escritas para depois serem avaliadas, a fim de se saber se todos estão cumprindo sua parte no estabelecido.

Assim, você não terá no lar, no serviço ou no grupo uma falsa harmonia, construída sobre o injusto sacrifício.

Para ajudá-lo na compreensão mais ampla sobre a importância da paciência, trazemos de "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, o seguinte trecho da mensagem de Um Espírito:

"Sede pacientes.
A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.
A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas.
Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória:
a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência."
(Cap. IX, Item 7, Ed. FEB.)

Mais adiante, na mesma obra, assim diz o Espírito Lázaro:

"A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas,
se bem os homens erroneamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade.
A obediência é o consentimento da razão;
a resignação é o consentimento do coração,
forças ativas ambas, porquanto carreguem o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair.
O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes.
Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava (...)" (Op. cit.-g.n.). (Destaque nosso.)

Como você pode concluir, o exercício da paciência é fundamental para o seu bem-estar espiritual e necessita de outros estados mentais como: a obediência e a resignação, devidamente entendidos como forças ativas.

No entanto, a vivência da paciência solicita de você o treino para o autodomínio. Alguns pontos para esse treinamento podem ser considerados:

Coloque suas emoções negativas para fora:
irritação, cólera, ansiedade, medo.
Canalize a exteriorização das emoções negativas de forma positiva e construtiva: saia para dar uma volta, arrume uma gaveta ou armário, plante uma árvore, cuide de um vaso de flores ou folhagem, visite um doente, ouça uma música suave.
Não deixe a cólera crescer:
lembre-se de que você é um Espírito eterno e imortal e a cada momento tudo se transforma.
Por que se agarrar a coisas, situações e pessoas do momento?;
você sabe que a impaciência representa um fator de ameaça à sua saúde:
espiritual e física.
Não deixe, então, que essa fagulha emocional se transforme em um incêndio avassalador.
Claro que você não vai ficar friamente assistindo a erros, enganos e falsidades ou sendo por eles envolvidos.
Mas, tenha em mente que a cólera, a irritação, os gritos, os gestos bruscos, as agressões verbais ou físicas nunca resolverão os problemas;
errar é humano, faz parte do processo evolutivo.
Se você também comete erros, por que se enfurecer quando as outras pessoas também o fazem?
Pare, pense, acalme-se e procure a solução;
o que impacientou você pode ser corrigido?
Se pode, por que, então, irritar-se ou encolerizar-se?;
se você pode corrigir ou retificar o que o contrariou, não sufoque suas emoções.
Use-as positivamente.
Entusiasme-se na correção do erro em si próprio ou no semelhante;
se você se desentendeu com alguma pessoa:
no lar, no ambiente de trabalho ou em qualquer grupo social e suas emoções se desequilibraram, é melhor não falar no momento;
se possível sala do local, pois estabelecido o debate ao calor da irritação ou da cólera, não chegará a bom resultado.
Primeiro esfrie a cabeça, reequilibre as emoções após, estabeleça dialogo compreensivo e construtivo em busca da solução desejada;
suprima a cólera, tanto quanto possível, no seu início.
Uma vez instalada, ela pode ser uma centelha, uma chama ou um incêndio destruidor;
não desejamos que você e mine suas emoções.
Isso é impossível.
Você acha que se: bom se nunca se irritasse, mas também nunca sorrisse ou se alegrasse?
As emoções são básicas em nossas vidas.
Por isso, e sua vida, elas precisam ser canalizadas construtivamente.
Esforce-se para conseguir autodomínio equilibrado.
Controle as emoções negativas, mas você deve exteriorizar e expandir as emoções positivas.

Construa, com a educação espiritual, um filtro de emoções que permita a passagem de emoções positivas e retenha as negativas.

CONCLUSÕES

Use a paciência como força ativa na construção do se bem-estar físico e espiritual.
Organize uma lista das suas emoções negativas:
cólera irritação, medo, angústia e, gradativamente, procure diminuí-las.
Organize um plano especifico para desenvolver as sua boas emoções e sentimentos, incluindo treino para o exercício da paciência em manifestações passivas e ativas.
Cultive o autodomínio
Você ampliará o "estado emocional de perseverança tranqüila" para a solução dos seus problemas.
Exercite a meditação e a oração.
Elas são fundamentais para a vivência da paciência.


"Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamado de filhos de Deus."
Jesus
(Mateus, 5:5.)

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