
O MARINHEIRO
Os medos do mundo são tantos.
Esperar. Retornar. Descansar.
As horas passando...
a água passando...
as gentes passando...
Escorrego entre os corpos...
Conheço essas pessoas...
Não vejo suas caras
nomes
famílias.
Não vejo as bocas. Emudeceram.
Digo que do outro lado
a vida nos espera.
Estejamos vivos para ela!
Fugir daqui. Fugir pro mar.
Ganhar o mundo.
Navios em cruzeiro
um pássaro cantando
um jogo de futebol
um discurso empolgado
um par de coxas
uma garrafa de vinho
pão e aurora surgindo
um ar de sedução e gozo
no pasto verde
na grama verde.
Nada temos senão esse lugar comum!...
A vida berra louca
pelos quatro cantos
e nos pede um beijo
(um beijo, uma carícia,
um golpe de amor...
ainda é o maior consolo do homem).
(Edmilson BORRET)
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