quinta-feira, setembro 11
Amava-te em pretérito imperfeito
Em que, confesso, não!, eu não te amava.
Era um pretérito que não passava,
Que vivia o presente, contrafeito.
Pretérito que é bom nada angustia.
Futuro do pretérito é presente.
Presente era eu te amar eternamente:
E amando, no gerúndio eu te amaria.
Não pode haver futuro de um desgosto,
Não pode haver amar, no imperativo.
Amores que se impingem, no jussivo,
Não têm sabor de vinho, mas de mosto.
Quero te amar em tempo e modo certos:
Só assim os que amam podem ser libertos.
POEMA DE SANTHIAGO RAMIREZ
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