sábado, novembro 1


Gosto de ti desesperadamente:
dos teus cabelos de tarde onde mergulho o rosto,
dos teus olhos de remanso onde me morro e descanso;
dos teus seios de ambrosias, brancos manjares trementes
com dois vermelhos morangos para as minhas alegrias;
de teu ventre - uma enseada - porto sem cais e sem mar -
branca areia à espera da onda que em vaivém vai se espraiar;
de teu quadris, instrumento de tantas curvas, convexo,
de tuas coxas que lembram as brancas asas do sexo;
- do teu corpo só de alvuras - das infinitas ternuras
de tuas mãos, que são ninhos de aconchegos e carinhos,
mãos angorás, que parecem que só de carícias tecem
esses desejos da gente...
Gosto de ti desesperadamente;
gosto de ti, toda, inteira nua, nua, bela, bela,
dos teus cabelos de tarde aos teus pés de Cinderela,
(há dois pássaros inquietos em teus pequeninos pés)
- gosto de ti, feiticeira,
tal como tu és...

Um comentário:

Rui Moio disse...

Olá AMORE

Felicito-a pelo belíssimo poema. Que maravilha!...
Gostaria de o republicar no meu blogue de poesias "Sentires sentidos.
Qual é nome do autor que devo colocar?

Antecipadamente grato e continue a publicar poemas tão bonitos

http://sentirsentidos.blogspot.com
http://almaviva.blogspot.com
http://antologiasemprosa.blogspot.com

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