domingo, abril 13


Você aceita?


Desculpe-me, mas não possuo a tecla stand by.
Não dá pra mim,
não sei ficar pronta para ser ligada a qualquer momento,
quando você bem entender.
Ou estamos ligados e veremos juntos os melhores programas,
seremos os protagonistas dos filmes mais divertidos,
viveremos com ação e emoção,
comeremos pipocas com guaraná,
criaremos o roteiro e iremos dirigir todas as cenas,
ganharemos prêmios por nossas participações ou não irá funcionar pra mim.

Alguém pode me explicar como se vive assim, sem que seja dito tim tim por tim tim qual é o plano que iremos seguir?
Ah, claro, você prefere o improviso.
Estamos improvisando já faz tempo,
e estou bem perto de bater no seu ombro gentilmente e dizer:
ou dá ou desce, querido.
E não me entenda mal, não quero casar na igreja, no cartório, no parque de diversões, na fazenda da sua mãe, no templo budista.
Não é disso que estou falando.
Pelo contrário, a festa de casamento é a parte mais fácil, e a mais dispensável de toda a nossa história.
Definitivamente não tenho o menor interesse em mostrar pra todo mundo que somos um casal muito animado, que iremos fazer do nosso casório um grande acontecimento, que todos irão beber, brindar, subir nas mesas, fazer declarações cheias de entusiasmo, que será o dia mais perfeito de nossas vidas.
Não, não quero nada disso.

Não quero pedir presentes aos amigos, não quero que eles reclamem das músicas ou do calor ou do frio ou dos salgadinhos.
Não quero que eles usem uma gravata para me ver desfilando num corredor infinito vestida de branco e com dois dedos de corretivo no rosto.
Dispenso tudo isso com um grande prazer pelo simples motivo que isso é muito fácil de se conseguir,
principalmente quando se tem dinheiro.

Eu quero é saber o quanto de vontade nós teremos para seguir em frente.
Chega desse papinho de viver o presente, isso era ótimo quando tínhamos 17 anos e nossa única responsabilidade era passar no vestibular.
Minha pergunta é: como se chama esse negócio que estamos vivendo?
Em quais planos posso incluir você?
Em quais deles você quer participar ativamente?
Vou simplificar para você: quer ter filhos comigo? Quer dividir comigo bens materiais como apartamento, carro, sítio na montanha, outro apartamento para investimento, fundo de renda fixa, ações?
Quer montar um plano para morarmos fora do país por 5 ou 10 anos?
Quer pensar em nossa aposentadoria?
Quer ser meu sócio naquela idéia de ter um café-livraria-galeria de arte?
E por último, é muito difícil para você responder sim ou não em todas essas perguntas?
Sim ou não?

Deixa que eu adivinho.
Você não tem a menor idéia de como quer sua vida daqui a cinco anos.
E também não quer que ninguém diga o que você tem que fazer.
Mas ao mesmo tempo você quer companhia para ir domingo à noite ao cinema.
Mas não consegue pensar em nada que exija mais raciocínio do que a programação de um fim de semana prolongado.
O problema está aí: eu preciso saber.
Porque gosto de me programar.
É isso que me faz pensar que todos os problemas valem à pena.
Pensar que iremos para a República Dominicana me dá forças para agüentar cliente chato na minha orelha.
Imaginar que vou com você pra Nova Zelândia me impede de comprar bolsas e sapatos a mais só porque estão em liquidação.
Amar você é isso:
ter um motivo para viver e querer viver mais.



http://redatorasdemerda.blogspot.com/2007/09/tabela.html

ELISA QUADROS E VALERIA SEMERARO


QUERIDAS , DE REDATORAS DE MERDA VCES NAO TEM NADA !!!!!!
AMEIIIIIIIIIII.
MAS FACIL A CERTEZA DO NAO DO QUE O SOFRIMENTO DO TALVEZ
ACHEI HIPER-INTERESSANTE
MUITOS BEIJOS E LICENCINHA...TIVE QUE POSTAR...RSRSRS

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