sábado, junho 7

que coisa mais fofa...


Você meu amor, é meu grande desamor. Você é minha raiva mais odiosa, meu melhor grito e meu mais calmo sussurro.
Você meu bem, é meu professor mais preguiçoso, meu cobrador mais dedicado, meu amor mais querido.
Vôcê tem sido minha paz e meu recanto, um teco de esperança outro teco de cansaço. Você e minha preguiça, meu silêncio quando acabam as palavras, e minha enorme tagarelice quando elas não bastam.
Você é a paciência que eu não tenho, a dedicação que eu preciso, a paz que a ONU quer no mundo (que eles nào te achem).
Você é meu pijama mais confortável, meu lençol mais cheiroso e, as vezes, é meu sutiã mais apertado.
Você é meu descanso, meu grito de alívio, minha bomba atômica, e, vez ou outra, minha Hiroshima, Nagazaki.
Você é meu porre, minha ressaca, minha euforia e minha tarja preta.
Você é meu óculos de grau, minha direção hidráulica, meu corretivo, meu melhor kleenex.
Você é meu caminho e minha perdição. É meu guia e minha contra-mão.
Você é minha maior teimosia, meu melhor acerto, meu grande prêmio, minha mega-sena-acumulada. Minha solução e meu problema.
Você é meu ver e meu cegar, meu brilho nos olhos e meu calo nos pés.
Você é quem me faz feliz, é quem me enche a alma e me esvazia a cabeça. Você é minha música bossa nova, meu sambinha de domingo, minha caipirinha, minha cocaína e meu copo d’agua quando estou no deserto.
Você é minha dança, minha musculação. Meus braços são mais firmes, meu corpo está mais forte – do lado do avesso, inclusive.
Porque você é minha academia, meu cinema, meu farol verde e –ai – meu trânsito das 6 da tarde.
Você, meu querido, é minha grande sorte, meu melhor achado, minha pepita de ouro escondida entre a lama, meu milhão que não está na conta, meu tesouro e meu pior jargão.
Você é meu grande amigo, o inimigo dos meus inimigos, o companheiro da minha solidão, a luz que se acende na escuridão
Você é meu refúgio, meu cativeiro, minha caverna aquecida, meu cobertor e, poucas vezes, meu refrigerador.
Você, danado, é meu observador e meu observatório, minha tocaia, meu detetive, meu alvo e minha mira.
É você, seu chato, meu grande companheiro, meu mais ferrenho crítico, meu mais amoroso admirador...
Ah você. Meu bem, meu médico, meu administrador, meu vilão e meu herói, meu valente guerreiro, meu bravo companheiro, seja então esse, sempre esse, desse jeitinho assim, meu grande amor.

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